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Wellness copia, artesanal cria

A economia global do bem-estar virou um colosso. Entre 2020 e 2022, o setor movimentou US$ 5,6 trilhões, crescendo a taxas de 12% ao ano. Só o Brasil respondeu por US$ 96 bilhões (~R$ 500 bilhões), com alta de 18%, liderando a América Latina no ranking mundial. Números que impressionam e que mostram a força do wellness como mercado.

Mas esse crescimento tem um lado sombrio: muito do que se vende como “natural”, “artesanal” ou “ancestral” é, na verdade, apenas uma simulação industrial do artesanal. Produtos pasteurizados, embalados em marketing sofisticado, mas destituídos da alma, da mão e da história que dão vida ao verdadeiro fazer manual.


O valor do artesanal


No Brasil, o setor artesanal movimenta cerca de R$ 28 bilhões por ano e emprega 8 milhões de pessoas. É uma força cultural e econômica que preserva saberes, gera renda local e mantém viva a ligação com práticas tradicionais. No mercado de cosméticos naturais, por exemplo, o segmento de sabonetes orgânicos deve alcançar US$ 1,20 bilhão até 2029, crescendo quase 9% ao ano.

Enquanto a indústria wellness se apropria do discurso, o artesanal guarda o conteúdo. O primeiro simula; o segundo vive.


Fundada em 2018, a Primeira Folha é exemplo dessa resistência. Seu trabalho com banhos, incensos e sprays aromáticos mantém viva a prática artesanal em tempos de homogeneização. Com produtos que vão de banhos naturais a partir de R$ 48 a sprays de ambiente a R$ 148, a Primeira Folha mostra que é possível unir valor simbólico, qualidade e preço justo.

Aqui, cada banho é rito; cada incenso, história; cada folha, tradição. Não é produto em massa: é memória, cuidado e continuidade.


Enquanto isso, o grande mercado cosmético global opera em outro registro: monopólios que concentram bilhões, publicidade enganosa, padronização de fórmulas e — ainda hoje — práticas condenáveis como testes em animais, exploração de mão de obra precária em países pobres e uso de substâncias tóxicas que contaminam água e solo. A face polida do wellness esconde um maquinário pesado de exclusão, poluição e violação ética.

As corporações capturam narrativas, apropriam-se de símbolos do artesanal, mas entregam apenas cópias embaladas. O discurso é de bem-estar; a prática, muitas vezes, de devastação.


Por que nos importar


Consumir artesanal não é só uma escolha estética ou afetiva: é um ato político. É decidir que a cultura local importa mais do que o marketing global. É optar pela transparência e pela rastreabilidade em vez da promessa vazia. É garantir que tradições sobrevivam à lógica do simulacro.

E nesse contexto, a Primeira Folha é mais do que uma marca: é uma guardiã do tradicional. Um lembrete de que há outro caminho possível — menos homogeneizado, mais verdadeiro, mais humano.


👉 Ao escolher artesanal, você não compra apenas um produto. Você apoia histórias, pessoas e práticas que resistem à cópia. Você fortalece um futuro que não cabe no molde da indústria, mas floresce na raiz da tradição.


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